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Memória, preservação e acervos

Picadas de cobras: uma preocupação em 1911

Por Leticia Bragaglia
Atualização:

Com um Brasil ainda majoritariamente rural e com áreas urbanas ainda com presença de matas, picadas de cobras eram um problema relevante no início do século passado.  Em 05 de abril de 1911, o Estado publicava em sua página central um estudo sobre os meios  de se diminuir os acidentes ofídicos.

Com o título A luta contra o ophidismo, a matéria trazia informações sobre o que deveria ser feito para evitar tais acidentes.

Quarta-feira , 05 de abril de 1911

 Foto: Estadão

Indicava o uso de calçados adequados nos campos. Recomendava, também, para espantar esses animais a   a preservação de algumas espécies  predadoras naturais das serpentes, e ressaltava o importante trabalho desenvolvido peloInstituto Butantan.

 Foto: Estadão

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O Instituto Butantan foi fundado em 1901.

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Surgiu, inicialmente, como um instituto bacteriológico com o intuito combater o avanço da peste bubônica no estado paulista. A epidemia foi contida, graças ao trabalho desenvolvido por médicos como Adolfo Lutz , Oswaldo Cruz, Emílio Ribas e Vital Brazil .

Além do desenvolvimento de vacinas, o Instituto, sob a direção de Vital Brazil, voltou-se para a produção de soro antiofídico.

Os acidentes ofídicos eram um grande problema nas fazendas do interior de São Paulo. A maior fonte de renda do estado vinha da cafeicultura, e as cobras vitimavam alta porcentagem dos trabalhadores rurais.

As pesquisas desenvolvidas pelo Instituto fizeram dele um Centro de Pesquisas revolucionário e pioneiro na herpetologia, área da zoologia que estuda os répteis.

 Foto: Estadão

O Instituto que é  referência mundial na área sofreu um incêndio no ano passado. O fogo atingiu o laboratório de répteis, destruindo a maior coleção do mundo de répteis da região tropical.

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Pesquisa e Texto: Lizbeth BatistaSiga o Arquivo Estadão: Twitter@arquivo_estadao e Facebook/arquivoestadao

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