Ataques aéreos, ordenados após a liberação de uma resolução da ONU, contra um país governado há anos por um ditador. A notícia que se assemelha ao atual cenário na Líbia de Muamar Kadafi era o destaques das páginas do Estadão de 20 anos atrás. O protagonista da época era Saddam Hussein. O alvo, o Iraque.
O motivo, em 1991, era a ocupação ilegal do Kwait pelas forças de Saddam Hussein. Tropas iraquianas ocupavam o Kwait desde agosto de 1990.
Após frustradas tentativas diplomáticas,sanções econômicase bloqueios navais pra reforçar essas sanções, em 29 de novembro de 1990, foi votada e aprovada na ONU a resolução 678. A ONU dava ao Iraque o prazo de retirada até 15 de janeiro 1991. Caso o Iraque não deixasse o Kwait, o uso da força ficava autorizado, para restaurar a paz e a segurança internacional.
Dois dias após o prazo estabelecido pela ONU, em 17 de janeiro de 1991 um ataque aéreo às 2 da madrugada iniciava a Guerra do Golfo.
Os principais alvos foram, nessa ordem, as bateris anti-aéreas, armazéns e alojamentos militares iraquianas. Depois as instalações de comunicação, os comandantes militares, e claro, o tirano no poder, Saddam Russein.
Se a Internet e as redes sociais foram os meios digitais que marcaram o levante popular do Mundo Árabe neste começo de ano, a transmissão via satélite por TV foi o marco tecnológico da Guerra do Golfo (1991).
Pela primeira vez, o mundo pôde acompanhar com atrasos de minutos o desenrolar de uma Guerra.