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Memória, preservação e acervos

Em 1911, o Estado discutia a obra de Silvio Romero

Na coluna Escriptores Brasileiros Contemporâneos, o jornal Estado publicava perfis de escritores, intelectuais e literatos cuja obra julgava ser importante divulgar.

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Por Leticia Bragaglia
Atualização:

A coluna de 26 de março de 1911 era sobre Silvio Romero.

Nela inúmeros aspectos da sua obra eram analisados.

Domingo, 26 de março de 1911

Escriptores Brasileiros Contemporâneos : SYLVIO ROMERO

 Foto: Estadão

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Professor da Faculdade de Direito de Recife, Romero  foi escritor, historiador e crítico literário.Sua formação diversificada e obra vasta fazem dele um intelectual difícil de categorizar.Sua obra História da Literatura Brasileira é referência na área.

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Ativo representante da autointitulada geração realista, esteve entre os intelectuais brasileiros que conceberam os ideais nacionais da formação da República. Em História da Literatura Brasileira, ao seu modo incisivo, ironizou: "Nosso primeiro imperador caiu porque não era nato, o segundo há de sê-lo porque não é mulato".

Romero militava contra estrangeirismos e a simples importação de idéias. Criticava o indigenismo romântico, o que chamou de "índio-mania". Achava que o estilo e o tema não passavam de uma imitação , refletiam o que se pensava sobre o Brasil, não o real pensamento brasileiro.

Em seus estudos analisou as particularidades da civilização mestiça do Brasil, defendendo que nela está a essência da cultura nacional."Todo brasileiro é mestiço, quando não no sangue, nas idéias" afirmou em 1888.

 

Pesquisa e Texto: Lizbeth BatistaSiga o Arquivo Estadão: Twitter@arquivo_estadao e Facebook/arquivoestadao

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