SÃO PAULO - Moradores da Rua Marizeiro, altura do número 1.000, em Riviera Paulista, na zona sul da cidade, questionam a conservação de duas árvores Jequitibás-rosa que por décadas trouxeram vida ao bairro. Elena Neves mora na região há mais de 30 anos e relata que começou a observar a queda de folhas no início deste ano.
"Tínhamos duas árvores lindas no bairro. No início do ano, percebi que elas estavam ficando estranhas, perdendo folhas fora de época. Liguei para o 156, expliquei a situação e me deram como prazo máximo para a vistoria o dia 9 de maio. Soube por moradores que o engenheiro veio e que estava monitorando as árvores. É muito estranho elas perderem a vida do nada", relatou Elena.
As árvores que antes traziam beleza ao bairro agora colocam em risco a vida dos moradores. Muitos relatam que a situação começou a ficar mais delicada porque galhos enormes começaram a cair, inclusive, sob a fiação elétrica de residências. "Muitas vezes ficamos sem energia. Na semana passada, durante ventania e chuva, muitos galhos caíram, a fiação cedeu e a rua precisou ser interditada. Os bombeiros e a Eletropaulo foram chamados, mas alegaram que nada poderiam fazer sem a licença para a poda das árvores", relatou a moradora.
A Prefeitura Regional M´Boi Mirim informa que existe protocolo de reclamação e o endereço citado pela reportagem está previsto para ser avaliado até a próxima sexta-feira, 24. "Se constar morte da espécie arbórea e risco de queda, o serviço de zeladoria será incluso nas solicitações de urgência para ser realizado na mesma semana", reforçou a nota.
Árvore oca assusta moradores dos Jardins
Morar em uma região arborizada é muito agradável para quem vive em grandes metrópoles, onde o concreto toma conta de grande parte das regiões. No entanto, a manutenção das áreas verdes é de extrema importância para que acidentes sejam evitados. Em época de chuva, é comum o registro de ocorrências de quedas de árvores em cima de carros e de fiação elétrica. Outra preocupação é com relação às raízes da árvore que estão invadindo a calçada. "Seu tronco e as raízes ocupam quase toda a calçada, impedindo a passagem de cadeirantes", reforçou Luiz Leitão da Cunha.
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