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Crônica, política e derivações

Amanhecemos embrutecidos

Por Paulo Rosenbaum
Atualização:
 Foto: Estadão

Diz, o que te oprimiu?

O tilintar eletrônico, o torno, as bolsas de ocasião?

As consequências já superaram as causas?

Não são eles, somos nós

A repulsa prescinde ódios

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Precede a ética

Impossível pensar,

É possível sentir: aquele coração nunca foi valente

Pulsou, covarde

E a tirania, vem a cavalo

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O poder mal incensou-se das urnas

Para, no dia seguinte, esquecer tudo

Para impor

Permutar tua liberdade

E, nós,

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Órfãos de vozes,

Reféns das armadilhas!

Da avidez pelo poder

Amanhecemos embrutecidos.

Preconceituosos, ofendidos e perplexos

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Para descobrir que brutalizar,

Não é só mais uma arma, mas a principal

Racha-se sem alarde

Conclama-se ao conflito,

Trama-se sob martelos e tribunas

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E a fala desmente as bocas

Na conversa que apostava na falência dos diálogos

Não somos nós, somos todos

Mesmo assim, o momento

Demanda intransigência

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Restam  luto,

Desobediência civil e resistência não violenta:

Diz-se que quando os reis se despem

Só o engano reluz:

E não é ouro.

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