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Crônica, política e derivações

Terror do opressor - Poema do livro "A pele que nos divide" - Quixote-Dô - 2017

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Por Paulo Rosenbaum
Atualização:

Terror do opressor

Lava-te agora com o precioso cânhamo Do teu poderoso homicídio Tão forte a gosma da corrupção Que jamais enxaguará teu extermínio. Foto: Estadão

Se censurar foi o teu meio E conceder-nos matança Foi a tua redundância.

Não haverá um só meio Que não conheça a revolta, o centeio.

Explodindo teu glutão palácio Ferveremos tua condolência Abençoando-te com tortura sem violência

O abuso nas tuas insígnias Não é a estampa do horror, Mas a forma como compeles dor.

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E teus fiéis servos perpetuam Tua doutrina mundana Imprimindo a consciência tirana.

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Faremos ainda com que cantes A infinidade de nossos levantes.

E a tirania da tua democracia Farás apenas com que murmures - Sim, o poder com sangue tecia, Posto que nada é eterno pelo tempo que dure.

Quando assim, vier-nos então Teu submisso pedido de clemência, Enlouqueceremos de euforia, demência. Finalizaremos teu sepulcro com pó, E te embalsaremos Não com a glória de um faraó Mas com a solenidade que temos.

Conservaríamos viva a tua alma, Para que cada um expurgue o termo Na tua imagem, o que foi teu governo.

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