Com a febre atual pela fast-fashion, os detalhes que causam a discrepância entre uma grande Maison e a moda feita nas fábricas de trabalho em massa foram esquecidos.
Quando se olha para a coleção das marcas luxuosas, apenas o preço exorbitante entra na conta da diferença.
Mas o que se esconde por trás disso é muitas vezes esquecido. Além do trabalho minucioso de criação, há também a manufatura.
Numa tentativa de dar realidade a esse fato, desde 2002, a Chanel celebra os ateliês que trabalham para a marca com uma coleção à parte do calendário de shows da estação, todos os anos em Dezembro.
A ideia é prestigiar o trabalho artístico e manual das pequenas casas que colaboram ou colaboraram com a marca, o que ao mesmo tempo proporciona uma visita à própria história da Chanel.
Assim, itens celebrados da Maison ganham uma releitura artesanal. Sapatos, bolsas, joias e até mesmo botões são cuidadosamente elaborados e postos à venda nas lojas da Casa a partir de Maio.
Entre os lugares já prestigiados pela coleção Métiers d'Art estão cidades que de algum modo têm sua ligação com a história da Maison. Tókio, Salzburg, Dallas, Nova York, Bumbai, Edinburgh, Monte-Carlo, Londres e Moscou, Shangai e Bizâncio (hoje Istambul).
Este ano, o desfile Chanel Métiers d'Art será hoje, na Cinecittà de Roma, com destaque para os sapatos cobertos com pérolas e cobras. Talvez uma referência ao auge das pérolas no apogeu romano?