As primeiras aulas foram dadas por Francisco Ornellas, coordenador do curso. Ele já foi chefe de reportagem no Estadão e hoje se dedica à formação de novos jornalistas. Suas aulas abordaram temas como a estrutura e a história do Grupo Estado, o mercado jornalístico e características profissionais importantes. De maneira informal, ele expôs suas ideias como se fossem dicas.
O jornalista Luiz Carlos Ramos, que atuou em diversos meios de comunicação, inclusive como editor de Esportes do Estado, foi o segundo professor. Suas aulas visam a aprimorar a escolha de pautas, apuração e escrita. Muito amável, Ramos não expõe os textos dos alunos. O que tem para dizer, fala em privado.
Carla Miranda, editora do caderno Viagem do Estadão, é uma das professoras. Ex-foca, ela também edita o suplemento produzido ao fim do curso pelos alunos. Suas aulas explicam o dia a dia da redação e propõem exercícios de escrita. Diferente de Luiz Carlos Ramos, ela corrige os textos usando um datashow.
Por mais constrangedor que possa parecer, esse método permite comparações para aprender com os erros (e acertos!) dos outros.
Entre o fim da semana passada e início desta, tivemos aula com Paco Sánchez, diretor de qualidade de conteúdo do jornal La Voz de Galicia, na Espanha. Suas aulas focaram desde a formação do jornalista até a qualidade de texto e apuração, passando por ideias de pautas e análise textual.
Muito carismático, Paco ensinou uma "fórmula" do bom jornalismo (apesar de ele mesmo não gostar da ideia de "fórmulas"). Escutar, olhar, pensar e contar são a chave da produção de um bom texto e, consequentemente, de um bom jornalista.
A mescla desses contatos ajuda a perceber que rumo podemos - e queremos - tomar. Somado aos professores, tivemos diversos bate-papos e palestras, o que amplia ainda mais a noção de como está o mercado atual de jornalismo. Com a bagagem trazida e os exercícios desenvolvidos, a possibilidade de escolha profissional aumenta junto à qualidade do produto final que entregamos.