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O caso Neymar

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Por Redação
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Foto: Ernesto Rodrigues/AE

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Em coluna publicada na Folha de S. Paulo, Juca Kfouri conta que em 1980 publicou no editorial da Placar a notícia que Sócrates não renovaria contrato com o Corinthians. A informação, segundo ele, vinha do próprio jogador, que afirmou mais de uma vez por telefone a rescisão com o time alvinegro. Um dia antes da revista sair, no entanto, Sócrates fechou com o Corinthians e Kfouri não pôde fazer nada com todas as edições que já chegavam às bancas. A história, referência (in)direta ao caso de Neymar e à especulação de sua ida para algum time espanhol, mostra como um furo pode virar barrigada.

No dia 3 de setembro, o portal do Estadão publicou com exclusividade o acordo firmado por Neymar com o Barcelona. Exatamente 15 dias depois, o portal publicou, também em primeira mão, que Neymar estaria na verdade fechando acordo com o Real Madrid.

O caso, comentado por Ricardo Gandour com os focas na manhã do dia 22, exemplifica mais um (dos vários) desafios que o jornalista enfrenta todos os dias.

O que fazer "quando a notícia certa está errada apesar de bem apurada em seus mínimos detalhes"? - questiona Kfouri. Gandour, que é diretor de conteúdo do Grupo Estado, disse que o compromisso era dar em primeira mão o rumo que o caso tomou. Segundo ele, o jornal vive do fato do dia e em cada uma das datas o fato era exatamente o que foi publicado.

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Juca Kfouri termina a coluna com a pergunta: "Culpado, eu?". De fato, não sei se sequer existem culpas neste tipo de caso. Por falta de opinião, transfiro a pergunta a vocês, queridos leitores (e colegas!): É possível evitar este tipo de acontecimento? E mais: o que fazer quando ele ocorre?

Juliana Deodoro, de 23 anos, cursa o último ano de Jornalismo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

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