Para ele, são três os principais aspectos a serem observados nesse tipo de texto. O primeiro deles é buscar sempre a clareza. O segundo, manter a autoria. Significa dizer que o estilo de quem escreve deve ser sempre preservado, evitando-se textos padronizados. O terceiro, e mais importante, é mergulhar no assunto, com objetivo de efetivamente gerar conhecimento. Jornalismo literário é, portanto, a batalha da clareza, do estilo e do aprofundamento. Mas não é preciso necessariamente escrever textos longos para se fazer jornalismo literário. E quebrar alguns paradigmas é muito saudável, como já lembrou nosso colega Gabriel Navarro. A internet também é lugar para esse tipo de escrita. Muito mais do que ser o espaço do texto curto, a internet é o espaço do texto infinito.
Para aqueles que pretendem enveredar por esse caminho, seguem algumas sugestões de leitura feitas pelo diretor da Bravo!:
- revistas Vanity Fair, The New Yorker e Esquire. No Brasil, a Piauí
- livros clássicos do jornalismo literário:
Hiroshima, de John Hersey;
Filme, de Lillian Ross;
A Sangue Frio, de Truman Capote
- fiquem atentos aos textos de Adam Gopnik, Jon Lee Anderson, Malcom Gladwell, Sérgio Augusto, Ruy Castro, Daniela Pinheiro e Eliane Brum.
Heloisa Aruth Sturm, de 29 anos, é formada em Direito e em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP)