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O dia a dia dos alunos Curso Estado de Jornalismo

Examinar processos é diferencial na cobertura da Lava Jato, aconselham repórteres

 

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Por Carla Miranda
Atualização:
 Foto: Estadão

Palestrantes da Semana Estado Kelli Kadanus e Julia Affonso

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Por Alline Magalhães 

 

A repórter do Estado Julia Affonso acredita que a digitalização dos processos é um grande diferencial para apurar a Lava Jato. "Você não precisa ir até a Justiça para olhar fisicamente. Qualquer jornal do Brasil pode acompanhar os processos diretamente, todos os dias." Ela foi uma das convidadas a falar sobre a cobertura da Lava Jato na Semana Estado de Jornalismo, junto com Kelli Kadanus, repórter da Gazeta do Povo. O evento, que acontece entre 18 e 21 de outubro, está promovendo uma série de palestras sobre grandes coberturas para estudantes universitários.

Segundo Julia, outras apurações também podem ser feitas por meio de processos eletrônicos, não só a da Lava Jato. A repórter da Gazeta do Povo também ressalta que saber ler processos e entender a linguagem jurídica é um diferencial para um jornalista.

"Eu comecei a cobrir Lava Jato fuçando mesmo os processos, e comecei a fuçar várias coisas diferentes da cobertura nacional", comentou Kelli."A leitura de processos é importante, ajuda muito, mas não diria que é um caso de vida ou morte. Eu não tinha a mínima noção dos casos de Direito.É uma habilidade que você vai adquirindo com o tempo."

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A jornalista acredita que o primeiro desafio ao realizar uma grande reportagem é buscar diversas fontes. Para Kelli, embora o potencial comunicativo das autoridades investigativas seja bem-vindo, é tarefa do jornalista ter um posicionamento crítico, questionando e confrontando as apresentações com outras versões dos fatos.

"Há um lado positivo e um lado negativo sobre isso", disse Kelli. "É positivo comunicar a população, mas é negativo a partir do momento em que o repórter vai na coletiva, escuta o que o procurador tem para dizer, assume aquilo como verdade absoluta e pronto."

 

 

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