Não se trata de excluir algo desinteressante para você ou fazer um brainstorm de ideias rascunhadas em um bloquinho de anotações.
Esse trabalho, que nos foi passado pelo editor-chefe do Estado, Roberto Gazzi, requer conhecimento do jornal, ciência do projeto gráfico e habilidade em edição.
Além de ter justificativa para fazê-lo, é preciso que essa alteração não seja sentida por quem lê a publicação. Nós, jornalistas, temos a péssima mania de esquecer-nos dessa "entidade" chamada leitor, e muitas vezes escrevemos para nós mesmos e para nossos pares.
É pelo leitor que fazemos jornalismo. Fazer o Estado todo dia é saber pautar, apurar e escrever o que de mais relevante ocorreu nas últimas 24 horas. É organizar toda essa informação, separá-las por cadernos, hierarquizá-la nas páginas e oferecer um recorte fidedigno do mundo que faça sentido e tenha conteúdo.
O Estado diminui duas páginas por ano e os leitores não percebem essa diferença. Esse é o segredo de uma boa edição: retirar o supérfluo existente e transformar o jornal em um produto mais conciso - sem perder informação e conteúdo.
O que você, leitor, tiraria do seu jornal?