Foi um parto escolher uma profissão quando saí da escola. Sempre quis Jornalismo. Sempre, mas sem descartar o Direito. Rejeitei a advocacia e retornei ao sonho de ser jornalista. Relutante, cogitei Psicologia, Desenho Industrial e mais alguma possibilidade hoje esquecida. Passei em Filosofia e não fiz a matrícula. Voltei ao cursinho preparatório, cravando "Jornalismo" no cabeçalho do vestibular.
Faculdade, estágio, diploma, queda do diploma, trabalho e cá estou: certo de ter tomado a melhor decisão. E agora? Como seguir? Talvez, daqui a muito tempo, abrace alguma das opções antes preteridas, também. Ou não. Será? Novos partos.
Creio dividir essa angustia com colegas atuais e futuros. Gosto de política, música, televisão e futebol. De acompanhar o funcionamento dos motorzinhos da sociedade. Suas causas e consequências. Fiz Jornalismo por adorar ler e, principalmente, escrever sobre um monte de coisas. E sobre quais delas falarei nos próximos anos?
Entrei aqui no curso cheio de perguntas e sairei com outras várias. Várias e boas. Estendi meu leque de opções. Além das áreas preenchidas para daqui a 30 dias, percebi outras, imprescindíveis para os próximos 30 anos serem bastante divertidos. Mas como "saber fazer" tendo no meio um "o que"? Fazendo bem feito. Tentando, pelo menos. Buscando ser feliz nisso tudo, sem vergonha do clichê. Deixando o "o que" nos escolher. Eu acho. Ou não. Será?