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O dia a dia dos alunos Curso Estado de Jornalismo

Semana Estado encerra com debate sobre histórias em quadrinhos e ilustração

Por Carla Miranda
Atualização:
Eduardo Baptistão (à esquerda) e Alexandre De Maio participaram da última atividade da Semana Estado deste ano Foto: Priscila Mengue

Por Priscila Mengue

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Os quadrinhos e o jornalismo têm uma característica fundamental em comum: o interesse por contar histórias. O desenhista e repórter Alexandre De Maio encerrou a programação da Semana Estado de Jornalismo discutindo as potencialidades da narrativa jornalística em quadrinhos. No debate, esteve acompanhado do ilustrador Eduardo Baptistão, colaborador do Estadão e com experiência de trinta anos na área, como ele afirmou: "O que me guia são os meus desenhos: eu falo com as mãos".

Segundo De Maio, o quadrinho em jornalismo é uma técnica narrativa que pode ser empregada em qualquer tipo de texto, desde reportagens a crônicas e coberturas de eventos. Nesse processo, uma matéria em quadrinhos pode tanto ser realizada por meio da parceria de um jornalista com um ilustrador quanto por um desenhista-repórter, profissional que tem a vantagem de poder aliar os valores jornalísticos ao processo de criação das imagens.

O jornalista também contou algumas experiências profissionais, desde o início da carreira nos anos 1990 até trabalhos mais recentes, como a reportagens "Meninas em Jogo", sobre exploração sexual infantil. Ele ressaltou que o processo de apuração em quadrinhos requer um intenso trabalho de campo para que as situações sejam retratadas o mais fielmente possível, o que inclui desde detalhes físicos sobre os personagens até informações sobre o clima. Por outro lado, diferentemente da maioria das obras em quadrinhos, o ilustrador de trabalhos jornalísticos geralmente precisa lidar com prazos mais curtos, o que, por vezes, resulta em uma atenção menor à qualidade do traço.

Já Baptistão falou sobre como é importante a parceria entre o ilustrador e o restante da redação, pois ele não só pode trazer novas ideias, mas discutir quanto à pertinência de um desenho em uma determinada situação. Além disso, relatou experiências pessoais, como o trabalho de ilustração de julgamentos. Em casos em que não era permitido o registro em fotografia e vídeo, como na sentença de Suzane Richthofen, o ilustrador é o único profissional que consegue reproduzir visualmente o que ocorreu. 

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