Foram, até agora, 19 dias de curso. Há duas semanas, confundíamos os nomes uns dos outros. Hoje, somos capazes de dizer, sem erro, qual (ou quais) dos 30 está gripado. Nos depoimentos dos focas do último ano (e quem vai dizer que não leu?), alguns falam que o programa parece um intercâmbio. São 100 dias e ponto. Pouco importa se hoje é segunda-feira, 19 de setembro. É uma experiência para se mergulhar, sem pensar no resto. Começo a acreditar. O tempo lá fora não acompanha os relógios das 30 pessoas que se sentam nesta sala de treinamento.
Na última semana, entre aulas de português, marketing pessoal e conversas com jornalistas renomados da casa, perdemos a noção dos dias - que só é retomada ao ler o cabeçalho do jornal. Quinta, sexta, sábado ou domingo já não diferem. O relógio funciona contando quantos minutos faltam para entregar o próximo texto. O domingo e o feriado se tornam os dias do deadline. A segunda-feira, o respiro entre a última e a próxima pauta. Todo dia é dia de ser foca.
Beatriz Bulla, de 21 anos, cursa o último ano de Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero