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Nem trilho escapa: é a guerra ao Aedes nas obras do VLT do Rio

Para combater o mosquito, operários usam bombas para sucção de poças e espalham cloro em pó no canteiros do futuro bonde carioca

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Por Redação
Atualização:

Por Constança Rezende

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Baldes, caixas d'água, valas e até trilhos viraram, nas obras de instalação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) no Centro carioca, alvos da guerra contra o Aedes aegypti. O inseto, transmissor entre outras doenças, da zika,moléstia associada, no Brasil, a alguns casos de microcefalia, faz seus criadouros em depósitos de água. Tem sido combatido com doses de cloro em pó, jogadas em pontos que possam virar criadouros. A campanha, espalhada pelos canteiros onde os trabalhadores preparam o leito do futuro bonde, inclui placas nas cercas, que avisam: "Na implantação do VLT, o mosquito da dengue não tem vez".

Trabalhador percorre trilhos com cloro. Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

O combate ao inseto tem sido feito por funcionários de manutenção das obras, subordinados a técnicos em segurança do trabalho da firma Azevedo & Travassos, que faz o acabamento da construção. Os operários também fazem a sucção de poças d' água, com bombas de drenagem e vassouras. Mesmo assim, a reportagem verificou a existência de duas grandes poças na Rua Sete de Setembro, na altura da Rua Gonçalves Dias, na sexta-feira, 29. Duas caixas d'água também estavam destampadas na Avenida Rio Branco.

Água nos trilhos pode virar criadouro de Aedes. Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

A Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp) informou, por meio de nota, que as placas da campanha foram instaladas no ano passado, quando a concessionária do VLT Carioca deu início às intervenções no trecho. Em todos os canteiros, as inscrições são acompanhadas de procedimentos de combate ao Aedes aegypti.

Pó é jogado onde água possa se acumular. Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

Segundo a Cdurp, as ações foram intensificadas por causa das chuvas deste mês. A concessionária VLT informou que "o procedimento de prevenção é diário". "Costuma ocorrer no turno da manhã e é feito geralmente por dois funcionários em cada ponto de atenção. Além disso, também é realizado o bombeamento para o sistema de drenagem das vias em locais onde o acúmulo é mais intenso ou em períodos de chuva mais constante", explicou em nota.O processo de drenagem é feito por equipamentos com capacidade para bombear de 2 a 3 mil litros por hora.

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Ralos também recebem pó contra Aedes. Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

As obras transformarão parte da Rio Branco em um passeio público, sem carros nem ônibus, entre a Avenida Nilo Peçanha e a Rua Santa Luzia. A primeira linha do VLT ligará a Rodoviária Novo Rio ao Aeroporto Santos Dumont. A segunda será entre a estação Central do Brasile aPraça XV. O sistema terá 32 estações em todo o percurso.

Fenda do trilho que acumula água recebe cloro. Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

 

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