DNA de padrinho

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Por Redação
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Por uma questão de Justiça, tomara que o nobre Agaciel Maia não tenha ficado chateado com Sarney, que dia desses não reconheceu como seu afilhado de casamento o genro do ex-diretor-geral do Senado. Acontece com frequência nas relações afetivas de celebridades da política, do futebol e do jogo do bicho, gente poderosa ou de grande prestígio muito requisitada para coadjuvar batizados, matrimônios e pedidos de emprego, cada coisa a seu tempo, claro. E nem precisa ser padrinho contumaz para ser traído pela memória. Quer ver só?

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Há quanto tempo você não lembra do seu afilhado, hein? Não telefona, não manda um presentinho e, se cruzar com ele na rua, capaz de nem identificá-lo na multidão. Mais cedo ou mais tarde, por falta de tempo, dinheiro ou afinidade, todo padrinho acaba meio que deletando seu protegido. Quando há o agravante da quantidade, aí, então, é praticamente impossível recordar-se de todos. O Maluf, por exemplo, não liga o nome à pessoa da maioria das 1.389 crianças que, dizem, ele batizou na vida pública. O pior é que não existe teste de DNA para padrinho, né?

Texto publicado no caderno Cidades;Metrópole deste sábado no 'Estadão'.

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