Na idade do líder cubano e do Sumo Pontífice, convenhamos, é difícil imaginar que tenham aprofundado muito a conversa vapt-vupt que rolou entre eles em Havana. Só os jornalistas - ô, raça! - acreditaram que, em 30 minutos, os octogenários mais famosos do mundo "hablaram" sobre "fé e razão, liberdade e responsabilidade, liturgia católica, crise ecológica e cultural, mais a incapacidade da ciência de dar resposta a todas as questões do futuro" e o escambau.
O mais provável é que tenham trocado queixas sobre artrose no joelho, dor nas costas, azia, lapsos de memória, câimbras e a quantidade absurda de vezes que acordam no meio da noite pra fazer xixi.
Para os 10 minutos que ainda lhes restariam do encontro, tomara que algum assessor mais sensível tenha levado um jogo de dominó na manga da batina ou da farda, não importa.
Qualquer distração que desvie Fidel dessa ideia maluca de suceder o papa já faria o encontro valer a pena, né não?