Inveja do papa!

Se todo papa tivesse seu próprio marqueteiro, o de Bento XVI seria exaltado como uma espécie de Duda Mendonça de Deus! A incrível transformação promovida esta semana na imagem de Joseph Ratzinger não tem similaridade no mundo da política - com todo respeito ao belo trabalho que o Duda Mendonça da Bahia fez com Paulo Maluf em 1992.

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Por Redação
Atualização:

A renúncia, indiscutivelmente, fez um bem danado ao Pontífice e à sua popularidade! Nunca antes na história recente do Vaticano, Bento XVI havia se mostrado como nos últimos dias: simpático, sincero, sorridente, descontraído, articulado, bem disposto, surpreendente e carismático.

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A fama de "rígido" e "conservador" diluiu-se de repente num gesto aplaudido por sua, "grandeza", "humildade", "sensatez", "coragem", "heroísmo", "magnanimidade" e "espírito inovador".

Faltando ainda 12 dias para "se esconder do mundo", o papa cumpre tabela em aparições consagradoras para fiéis e religiosos católicos. A cada volta olímpica, fala em "hipocrisia religiosa", em "renovação verdadeira", como se fizesse oposição ao seu passado. Caiu, enfim, na graça do povo!

Maluf deve estar morrendo de inveja!

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