Ninguém pode, por conta própria, transferir o réveillon para outra ocasião, como insistem os chefes de estado da emergência no hemisfério Norte. Além de congelar rabanadas e estocar fogos em casa, seria necessário trocar as folgas na firma, mexer no calendário escolar das crianças, renegociar o pacote turístico adquirido e ainda torcer por uma coincidência de datas no cruzamento de sua nova agenda de férias com a de parentes e amigos próximos.
Mais sensato, convenhamos, seria o poder público das regiões do planeta sob fortes nevascas adiar oficialmente o Ano Novo para a próxima abertura da primavera no primeiro mundo.
Quem passou o Natal confinado pela neve em aeroportos e estradas teria direito a um vaucher para comemorar duas vezes o nascimento de Cristo em 2011. Que tal?