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A expectativa sobre o legado que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro vão deixar para o País cresce diariamente. As competições se aproximam, muitas obras ainda não estão concluídas e a estrutura de acessibilidade que a cidade deve oferecer precisa de melhorias, principalmente no transporte.
Convivemos com a possibilidade de um vexame porque receberemos atletas paralímpicos de países de compreendem a função da acessibilidade plena, inclusive em competições de grande porte. E esses esportistas, certamente, esperam encontrar aqui o mesmo nível de excelência.
Na Barra da Tijuca foi construída a vila dos atletas, um bairro planejado, batizado de Ilha Pura. O projeto foi concebido para ser acessível e, por isso, serve de exemplo. Deve receber mais de 18 mil competidores, sendo que 4.500 são paralímpicos, pessoas que farão o teste fundamental dos imóveis e de seus recursos.
São 31 edifícios de 17 andares, com apartamentos de quatro, três e dois quartos adaptados, construídos de acordo com o caderno de encargos do Comitê Olímpico Internacional. Entre os detalhes estão portas de 80 centímetros de largura (o padrão imobiliário é de 70 centímetros), chuveiros com 2,20 metros de altura, banheiros acessíveis, corredores com 90 centímetros de largura, além de elevadores com espaço para duas cadeiras de rodas, sinalização em braile e avisos sonoros. Na área externa, rampas de acesso foram construídas nas piscinas e no parque.
Após os Jogos, os futuros moradores poderão solicitar que a estrutura acessível dos apartamentos seja mantida. O bairro tem ainda um parque de 72 mil metros quadrados, com projeto de paisagismo assinado pelo escritório Burle Marx, duas alamedas de edifícios, lagos e áreas de contemplação e convivência.
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