Metade das pessoas atendidas na Rede Lucy Montoro que sofreram acidentes de trânsito no ano passado ficaram paraplégicas ou tetraplégicas, e quase 30% tiveram um membro amputado. Os números foram divulgados pela instituição, que participa da 4ª Semana Global da Segurança Viária, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre os dias 8 e 14 de maio.
"As consequências não são apenas para o acidentado. Muitas vezes, a deficiência severa pede que alguém da família se dedique ao parente por tempo integral", diz o médico fisiatra Daniel Rubio.
Em São Paulo, durante todo este mês a campanha 'Maio Amarelo' alerta poder público e sociedade civil sobre o comportamento agressivo no trânsito. O movimento percorre o mundo para incentivar a discussão de medidas efetivas de redução de mortos e feridos no trânsito.
Ações da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes e da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência convidam à reflexão e à participação nas 'Ações Educativas de Travessia - Acessibilidade e Inclusão'. Pedestres conhecem a experiência real de pessoas com deficiência, como atravessar as ruas com cadeira de rodas ou com os olhos vendados.
Em maio de 2011, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu o período de 2011 a 2020 como a 'Década de Ações para a Segurança no Trânsito' e o movimento #MaioAmarelo adota a cor do semáforo que significa atenção.
Em 2015, o governo de SP lançou o 'Movimento Paulista de Segurança no Trânsito'. O comitê gestor é coordenado pela Secretaria de Governo e, além da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, é composto por mais sete Secretarias de Estado: Casa Civil, Segurança Pública, Logística e Transportes, Saúde, Educação, Transportes Metropolitanos, Planejamento e Gestão, responsáveis por construir um conjunto de políticas públicas para redução de vítimas de acidentes de trânsito no estado.