Luiz Alexandre Souza Ventura
15 Março 2018 | 19h14
IMAGEM 01: Filtros podem incluir informações sobre a entrada da acomodação, recursos nos cômodos, equipamentos instalados no banheiro, situação das áreas comuns e no estacionamento. Plataforma adquiriu, no ano passado, uma startup de viagens fundada por dois amigos que têm Atrofia Muscular Espinhal. No Brasil, decreto que entrou em vigor neste mês regulamenta a acessibilidade em hotéis e pousadas. LEGENDA PARA CEGO VER: Foto do gerente de acessibilidade do Airbnb, Srin Madipalli, que tem pele morena, cabelo curtos e escuros, veste casaco de cor cinza e calça jeans, óculos escuros e está sentado em uma cadeira de rodas motorizada. Ao fundo, uma paisagem próxima ao mar, com terreno desértico. Crédito da foto: Reprodução
O Airbnb incorporou à sua plataforma 21 novos filtros de acessibilidade para ajudar hóspedes com deficiência a encontrar imóveis acessíveis em todo o mundo. A empresa anunciou a novidade nesta quinta-feira, 15. São classificações que permitem ao usuário a busca por anúncios com características específicas.
A inclusão dos novos recursos faz parte do programa de acessibilidade da companhia, comandado pelo advogado britânico Srin Madipalli, cofundador da startup Accomable, adquirida pela plataforma no ano passado.
Madipalli e seu colega Martyn Sibley – ambos têm Atrofia Muscular Espinhal – criaram a startup para conectar viajantes com deficiência e imóveis para locação por temporada que atendessem suas necessidades.
A meta do Airbnb é que os filtros ofereçam informações úteis e precisas, para expandir a busca e atender um número cada vez maior de usuários. “É a primeira etapa em nossa jornada para melhorar a acessibilidade no Airbnb. Encorajamos todos a usar os novos filtros e enviar comentários”, diz Madipalli.
Os novos filtros estão divididos em seis categorias.
Entrando na acomodação
– acesso sem degraus
– entrada ampla
– caminho iluminado para entrada
– caminho plano para porta da frente
Visão geral
– corredores amplos (ao menos 90cm de largura)
– elevadores (entre em contato com o anfitrião para saber as dimensões)
Quarto
– acesso sem degraus
– entrada ampla
– cama com altura acessível
– espaço livre para a cama
Banheiro
– acesso sem degraus
– entrada ampla
– chuveiro para cadeirantes
– banheira com assento de ducha
– sanitário de altura acessível
– espaço livre para chuveiro e sanitário
– barras fixas para chuveiro e sanitário
– chuveiro de mão
Áreas comuns
– acesso sem degraus
– entrada ampla
Estacionamento
– informações sobre locais aprovados pelo município ou vaga com, no mínimo, 2,4 m de largura
IMAGEM 02: Novos filtros estão divididos em seis categorias. LEGENDA PARA CEGO VER: Cópia da tela do Airbnb com imagem de uma área livre, jardim, plantas e a frase ‘Costa Alentejana – Casa Peixe com Acessibilidade’. Crédito da foto: Reprodução
A acessibilidade em hotéis e pousadas é uma obrigação estabelecida pelo artigo 45 da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (nº 13.146/2015), regulamentado pelo Decreto Nº 9.296, em vigor no Brasil desde 1º de março de 2018.
“Hotéis, pousadas e similares devem ser construídos observando-se princípios do desenho universal, além de adotar todos os meios de acessibilidade. Os estabelecimentos já existentes deverão ter 10% de seus dormitórios acessíveis e garantia de ao menos uma unidade com acessibilidade. Os dormitórios mencionados deverão ser localizados em rotas acessíveis”, diz a legislação.
A regulamentação do novo decreto faz mais do que exigir espaços acessíveis. É uma ferramenta para exercício pleno da cidadania, além de ser uma maneira de conduzir o setor à reflexão sobre o poder de consumo das pessoas com deficiência.
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