O Airbnb incorporou à sua plataforma 21 novos filtros de acessibilidade para ajudar hóspedes com deficiência a encontrar imóveis acessíveis em todo o mundo. A empresa anunciou a novidade nesta quinta-feira, 15. São classificações que permitem ao usuário a busca por anúncios com características específicas.
A inclusão dos novos recursos faz parte do programa de acessibilidade da companhia, comandado pelo advogado britânico Srin Madipalli, cofundador da startup Accomable, adquirida pela plataforma no ano passado.
Madipalli e seu colega Martyn Sibley - ambos têm Atrofia Muscular Espinhal - criaram a startup para conectar viajantes com deficiência e imóveis para locação por temporada que atendessem suas necessidades.
A meta do Airbnb é que os filtros ofereçam informações úteis e precisas, para expandir a busca e atender um número cada vez maior de usuários. "É a primeira etapa em nossa jornada para melhorar a acessibilidade no Airbnb. Encorajamos todos a usar os novos filtros e enviar comentários", diz Madipalli.
Os novos filtros estão divididos em seis categorias.
Entrando na acomodação - acesso sem degraus - entrada ampla - caminho iluminado para entrada - caminho plano para porta da frente
Visão geral - corredores amplos (ao menos 90cm de largura) - elevadores (entre em contato com o anfitrião para saber as dimensões)
Quarto - acesso sem degraus - entrada ampla - cama com altura acessível - espaço livre para a cama
Banheiro - acesso sem degraus - entrada ampla - chuveiro para cadeirantes - banheira com assento de ducha - sanitário de altura acessível - espaço livre para chuveiro e sanitário - barras fixas para chuveiro e sanitário - chuveiro de mão
Áreas comuns - acesso sem degraus - entrada ampla
Estacionamento - informações sobre locais aprovados pelo município ou vaga com, no mínimo, 2,4 m de largura
A acessibilidade em hotéis e pousadas é uma obrigação estabelecida pelo artigo 45 da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (nº 13.146/2015), regulamentado pelo Decreto Nº 9.296, em vigor no Brasil desde 1º de março de 2018.
"Hotéis, pousadas e similares devem ser construídos observando-se princípios do desenho universal, além de adotar todos os meios de acessibilidade. Os estabelecimentos já existentes deverão ter 10% de seus dormitórios acessíveis e garantia de ao menos uma unidade com acessibilidade. Os dormitórios mencionados deverão ser localizados em rotas acessíveis", diz a legislação.
A regulamentação do novo decreto faz mais do que exigir espaços acessíveis. É uma ferramenta para exercício pleno da cidadania, além de ser uma maneira de conduzir o setor à reflexão sobre o poder de consumo das pessoas com deficiência.
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