PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Diversidade e Inclusão

Chip implantado no cérebro ajuda homem a mexer mão paralisada

Ian Burkhart perdeu o controle de braços e pernas após um acidente no mar. Implante foi feito há dois anos. Estudo publicado nesta quarta-feira, 13, no jornal 'Nature' destaca a reanimação de um membro em um humano com paralisia severa.

Foto do author Luiz Alexandre Souza Ventura
Por Luiz Alexandre Souza Ventura
Atualização:

PUBLICIDADE

----------

Cinco anos atrás, o estudante Ian Burkhart, na época com 19 anos, mergulhou em uma onda na praia de Outer Banks, na Carolina do Norte (EUA), quebrou o pescoço ao bater no solo, sofreu uma lesão na medula e perdeu o controle sobre seus braços e suas pernas.

Nesta semana, os médicos que acompanham Burkhart, atualmente com 24 anos, informaram que ele recuperou o controle da mão direita usando uma tecnologia que transmite seus pensamentos direto para os músculos da mão, ignorando a lesão medular. O estudo foi publicado nesta quarta-feira, 13, no jornal 'Nature', destacando a primeira reanimação de um membro em um humano com paralisia severa.

Publicidade

 Foto: The Ohio State Wexner Medical Center and Battelle

O chip foi implantado no cérebro de Burkhart há dois anos. No laboratório, com o implante conectado por um computador a uma espécie de luva, ele conseguiu reaprender o movimento.

"É uma loucura, porque eu havia perdido a sensibilidade nas minhas mãos, e tive que olhar para minha mão para saber se eu estava apertando ou abrindo os dedos", disse o jovem ao 'The New York Times'.

 Foto: The Ohio State Wexner Medical Center and Battelle

Conforme ressalta a reportagem, a nova tecnologia não representa uma cura para a paralisia. Burkhart movimenta a mão somente quando conecta o implante ao computador. E os pesquisadores afirma que ainda há muito trabalho a ser feito antes do sistema proporcionar uma significantiva mobilidade independente. Mas a engenharia neural avança rápido. Usando implantes no cérebro, os cientistas podem decodificar os sinais e direcioná-los a movimentos específicos.

"As conquistas são impressionantes. A sequência de movimentos para apanhar ou deixar algo é um avanço em direção ao que buscamos, que é fornecer o máximo de independência a essas pessoas", diz Rajesh Rao, diretor do Centro de Engenharia Neural Sensomotora da Universidade de Washington.

 Foto: The Ohio State Wexner Medical Center and Battelle

Publicidade

----------

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.