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Diversidade e Inclusão

Empresa ensina Libras para ampliar inclusão no ambiente de trabalho

Projeto da Mars Pet Nutrition Brasil valoriza diversidade e engajamento. Língua Brasileira de Sinais melhorou a comunicação com empregados e ampliou as relações. Companhia tem 17 profissionais com deficiência auditiva.

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Por Luiz Alexandre Souza Ventura
Atualização:

Participaram das aulas de Libras líderes diretos e indiretos, RH, assistente social e todas as áreas com as quais os funcionários que têm deficiência auditiva manteriam contato. Imagem: Divulgação Foto: Estadão


Manter uma comunicação interna eficaz para obter maior entendimento entre os funcionários e ampliar a produtividade individual é a meta de toda empresa. Para chegar a esse resultado, a companhia precisa usar ferramentas específicas e investir em capacitação constante.

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Um detalhe fundamental é conhecer os empregados e saber conversar com cada um deles. No caso de corporações que acreditam na inclusão e na diversidade, e mantêm pessoas com deficiência no quadro funcional, incorporar recursos de acessibilidade faz toda a diferença.

Um exemplo dessa dinâmica é o projeto da Mars Pet Nutrition Brasil, empresa que tem 17 funcionários com deficiência auditiva e apostou em um curso de Libras (Língua Brasileira de Sinais) para melhorar a comunicação com esses funcionários e ampliar as relações dentro do ambiente de trabalho.

"O programa foi criado para incentivar a diversidade dentro de nosso ambiente de trabalho, a inclusão e o engajamento dos profissionais internos e externos, com uma proposta voltada a pessoas com deficiência, aos protagonismo feminino, alinhado ao nosso compromisso de fortalecer o relacionamento com as comunidades onde estamos inseridos", explica Tatiana Godoi, diretora recursos humanos da Mars.

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Daniele Zanin tem deficiência auditiva e trabalha na Mars desde julho de 2016. Imagem: Divulgação Foto: Estadão


Participaram das aulas de Libras líderes diretos e indiretos, RH, assistente social e todas as áreas com as quais os funcionários que têm deficiência auditiva manteriam contato.

"A comunicação melhorou muito, tanto para os associados - como são chamados os funcionários - quanto para os líderes. Todos desenvolveram novas formas de se relacionar. Naqueles diretamente com os profissionais com deficiência auditiva, observou-se uma fluidez bastante interessante na comunicação desde o primeiro momento", ressalta a diretora.

Para a auxiliar de produção Daniele Cristina Zanin, que tem deficiência auditiva e trabalha na Mars desde julho do ano passado, o aumento do número de pessoas que se comunicam em Libras mudou a sua rotina na empresa.

"Além de poder me aproximar de um número maior de pessoas, também pude me desenvolver em Libras por aumentar a minha prática", diz a funcionária. Ela afirma que a comunicação em Libras e na língua portuguesa têm a mesma importância, especialmente quando faz a leitura labial.

"A comunicação melhorou muito, tanto para os funcionários quanto para os líderes", diz Tatiana Godoi, diretora recursos humanos da Mars. Imagem: Divulgação Foto: Estadão


Sobre a inclusão no mercado de trabalho, Daniel ressalta que nunca encontrou dificuldade em arrumar emprego e foi bem recebida e adaptada na Mars. "Sei que não são muitas empresas que estão dispostas a contratar pessoas com deficiência", comenta.

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A diretora de RH da Mars ressalta que existem dificuldades para todas as contratações, independente do candidato ter ou não uma deficiência. "No caso da deficiência auditiva, a maior dificuldade foi mapear estes profissionais e criar a abordagem mais adequada para realizarmos um processo adequado para este tipo de público", conta Tatiana Godoi. "Além disso, tomamos o cuidado de alocar estes profissionais onde a deficiência não criasse nenhum impeditivo para o desempenho ideal da função ou onde o ambiente não apresentasse risco, como áreas com sinalizações sonoras".

A empresa investe na capacitação de pessoas com deficiência em parceria com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). E tem um profissional do RH totalmente dedicado ao 'Programa Todos Nós'. Esse funcionário gerencia a consultoria externa e auxilia no processo. Há também suporte de uma assistente social e, em determinados casos, cuidadores são contratados.


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