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Diversidade e Inclusão

Empresas assumem a função do Estado na formação de pessoas com deficiência

Companhias investem em capacitação e ampliam o acesso de cidadãos com deficiência ao mercado de trabalho, mantendo estratégias de comunicação e estímulo para atrair e manter profissionais. O #blogVencerLimites conversou com o Grupo CCR sobre práticas inclusivas, diversidade, igualdade de oportunidades, direitos e deveres, e também sobre o programa criado em 2015 para investimento na inclusão.

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Por Luiz Alexandre Souza Ventura
Atualização:

Fernanda e Marco Aurélio fazem parte do grupo de pessoas com deficiência que trabalharam no Grupo CCR. Imagem: Divulgação Foto: Estadão


Respeito às diferenças e o compromisso com oportunidades de desenvolvimento para todos. Com base nessa filosofica, o Grupo CCR implementou em 2015 um programa de inclusão de pessoas com deficiência. A empresa mantém 334 profissionais com deficiência entre os funcionários, em diversos níveis hierárquicos, 118 são mulheres e 42 têm ensino superior completo.

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Do total, 69% têm deficiência física; quase 14% têm deficiência visual; 12%, auditiva; aproximadamente 4% são reabilitados, e somente 0,68% têm deficiência intelectual. Além disso, 41 estão na empresa há mais de dez anos. O grupo de análise e gestão mantém 22 empregados e o restante faz parte do time de prestação de serviços.

Em entrevista ao #blogVencerLimites, o diretor de desenvolvimento empresarial do grupo, Antonio Linhares, fala sobre as estratégias para atrair e manter esses funcionários, e a busca por práticas atualizadas.

"Em nosso País, a educação e a formação de profissionais com deficiência fica sob responsabilidade das empresas. Localizar pessoas que tenham interesse em fazer parte de uma corporação ainda é difícil. Investimos em comunicação, divulgação e mantemos proximidade com nossas unidades e com escolas, reforçando o convite para integrar a equipe", diz Linhares.

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"Inclusão e acessibilidade no Brasil estão melhorando, principalmente nos últimos anos, mas há muito para pensar e evoluir", diz Fernanda Bianca de Oliveira. Imagem: Divulgação Foto: Estadão


Fernanda Bianca de Oliveira não tem a mão direita, é uma das mulheres com deficiência que trabalha no Grupo CCR, está na empresa desde 2015. No cargo de agente de monitoramento, faz a interação com os clientes no Centro de Controle Operacional do CCR RodoNorte.

"Inclusão e acessibilidade no Brasil estão melhorando, principalmente nos últimos anos. Ainda há muito para pensar e evoluir, mas as pessoas com deficiência estão conquistando mais oportunidades. Existem hoje muitos canais de divulgação para acesso a vagas de emprego. Está mais acessível, com as agências do trabalhador, públicas e particulares, e também por causa da legislação", diz Fernanda.

O diretor Antonio Linhares explica que a empresa faz parte de associações e entidades que têm preocupações em comum. "Buscamos aprimorar nossas práticas, ampliar nossos horizontes e garantir uma gestão eficiente, moderna e alinhada aos desafios do mercado. A partir dos encontros com profissionais de gestão de pessoas, podemos dizer que, de fato, há uma carência de profissionais", ressalta.

Na avaliação do executivo, é um grande erro não investir no desenvolvimento dos profissionais. "Eles precisam ser estimulados e cobrados, com acesso igual às oportunidades".

O Grupo CCR tem uma área de gestão de pessoas, subordinada à diretoria de desenvolvimento empresarial, voltada ao bem estar e aos procedimentos que envolvam os colaboradores. Uma equipe capacitada faz recrutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento das pessoas com deficiência ao longo de toda a carreira na companhia. Ferramentas de e-learning são muito usadas.

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"A meta é alinhar candidato à função, para que ele possa desenvolver seu trabalho com qualidade e não seja prejudicado", diz Marco Aurélio de Barros Santos. Imagem: Divulgação Foto: Estadão


Marco Aurélio de Barros Santos, que usa a cadeira de rodas desde os 18 anos, quando sofreu um acidente, é colaborador da CCR AutoBAn desde 2009 e trabalha na gestão de pessoas, inclusive para recrutamento e seleção de pessoas com deficiência.

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"O País evoluiu muito comparado há 15 ou 20 anos, mas ainda são pequenos passos. Há uma questão cultural e, até pouco tempo, era comum pensar que a pessoa com deficiência tinha que ficar dentro de casa. Hoje, buscamos a igualdade no convívio social e profissional", afirma.

No que diz respeito ao mercado de trabalho, Marco Aurélio avalia que ainda existem empresas com foco único no cumprimento da Lei de Cotas. "Muitas preferem pagar multas ao invés de contratar as pessoas com deficiência e promover a inclusão". A meta fundamental, diz o especialista, é alinhar candidato à função, para que ele possa desenvolver seu trabalho com qualidade e não seja prejudicado.

"Todos nós, seres humanos, independentemente da condição, temos uma história de vida. Alguns com mais dificuldades e outros com menos. Algumas vidas são mais sofridas, outras nem tanto. Portanto, todos nós vivenciamos situações de 'superação', desde o momento em que acordamos para um novo dia de vida", conclui Marco Aurélio Santos.

Acessibilidade - Um detalhe importante nas práticas inclusivas do Grupo CCR, diz Antonio Linhares, é que as adaptações necessárias para garantir acesso de pessoas com deficiência são incluídas obras gerais das unidades, no mesmo orçamento.

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