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Diversidade e Inclusão

"Eu não quero mais andar de avião"

Jornalista tem cadeira de rodas danificada durante viagem em avião da Gol e publica, no Facebook, desabafo contra as companhias aéreas.

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Por Luiz Alexandre Souza Ventura
Atualização:

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 Foto: Flávia Cintra

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Atualizado às 16h23 - A jornalista Flávia Cintra, repórter da Rede Globo, publicou nesta terça-feira, 14, em seu perfil no Facebook, um desabafo sobre como as companhias aéreas costumam atender pessoas com deficiência e também sobre o transporte dos equipamentos de acessibilidade que pertencem aos passageiros.

A reclamação, desta vez contra a Gol, foi motivada pelo estado em que sua cadeira de rodas foi entregue após a viagem. Leia a íntegra abaixo.

"Só um registro: Eu não quero mais andar de avião. Desisto.A partir de agora, no que depender de mim, só vou onde meu carro puder me levar.Nas viagens a trabalho, se eu não puder fugir do avião, irei só com uma cadeira manual velha. Não aguento mais esse desrespeito repetido e descarado.Hoje foi a Gol que destruiu minha cadeira. Não adianta explicar como fazer, ser gentil, pedir pelo amor de Deus. As companhias aéreas, TODAS, não estão nem aí. Tudo o que fazem é pedir desculpas. Não, Gol, já te desculpei dezenas de vezes. Não desculpo mais!O que falo para o meu chefe amanhã? "Desculpe, querido chefe, a Gol quebrou minha cadeira e eu não posso trabalhar, mas eles ficaram super chateados e até pediram perdão, viu...". Para o inferno!Fazem audiência publica, consulta pública, manual dIsso e daquilo, norma assim e assado, mi mi mi.... e na pratica, nada melhora. Muitos anos de incompetência sem consequência, sem evolução. Às próximas gerações de militância, eu desejo a energia que eu tive por 20 anos em fazer reunião, escrever relatório, servir de consultora de graça.Cansei e não acredito mais".

Este blog entrou em contato com a Gol, por meio da assessoria de imprensa, e pediu explicações sobre o caso. Em nota enviada por e-mail, a empresa afirmou: "A GOL lamenta o fato relatado e informa que já está em contato com a cliente para encontrar a solução mais adequada. A companhia ressalta que, após a apuração da ocorrência, reavaliará o atual procedimento para transporte de cadeiras de rodas para que casos como esse não voltem a acontecer".

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Este blogueiro preferiu não incomodar a jornalista Flávia Cintra com mais perguntas sobre o constrangimento, porque o desabafo escrito na rede social já deixa bem claro o que ela pensa sobre a situação.

E ela tem absoluta razão.

Imagem: Reprodução/Facebook Foto: Estadão
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