Curta Facebook.com/VencerLimitesSiga @LexVenturaMande mensagem para blogvencerlimites@gmail.comO que você precisa saber sobre pessoas com deficiência
São, no mínimo, ridículas as explicações da GOL e da Infraero sobre a situação constrangedora a qual Katya Hemelrijk da Silva, de 38 anos, foi submetida nesta segunda-feira, 1, em Foz do Iguaçu (PR). Katya é executiva do setor de cosméticos e mãe de dois filhos. Estava acompanhada pelo marido. O casal embarcava para São Paulo, onde mora. A lambança começa com a falta de equipamento correto, no aeroporto, para embarcar uma pessoa que usa cadeira de rodas. Quando não está disponível o ambulift (elevador), o cidadão deve ser transportado pelo finger, aquela rampa acoplada à porta da aeronave. Não havia nenhum dos dois.
A solução encontrada pela empresa foi carregar a passageira nos braços. Ela, sabiamente, recusou. Katya tem osteogenese imperfeita, a chamada 'síndrome dos ossos de cristal'. Obviamente, há um grande perigo em qualquer abraço mais apertado ou movimento mais brusco. Oferecer o 'colo' de um funcionário é uma insanidade, uma demostração de absoluto desconhecimento sobre a condição da passageira e sobre a forma correta de atendê-la.
Esse conjunto de equívocos já é suficiente para criar um desastre, mas os funcionários da empresa aérea permitiram o inacreditável, inimaginável, estarrecedor. Katya foi obrigada a se arrastar pela escada para conseguir entrar no avião. Não há argumento, explicação, motivo ou palavra para justificar tamanho desrespeito com um ser humano. Impossível aceitar que uma empresa e um órgão federal provoquem tal situação. Isso é mais do que estúpido. É maldade.
A GOL afirmou que ofereceu "alternativas" à passageira, lamentou o ocorrido (deveria comemorar?) e disse que vai evitar novas situações semelhantes. A Infraero, como sempre, jogou toda a responsabilidade nas costas da companhia aérea.