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Diversidade e Inclusão

O que esperamos do Centro de Treinamento Paraolímpico Brasileiro

Construção de 95 mil m² foi apresentada oficialmente nesta segunda-feira, 23. Abriga 15 modalidades paradesportivas e acolherá os atletas em fase de treinamento para os Jogos Paraolímpicos Rio 2016. Investimento ultrapassa R$ 300 milhões.

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Por Luiz Alexandre Souza Ventura
Atualização:

CT ocupa área de de 140 mil m² (Divulgação)  Foto: Estadão

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O Jogos Paralímpicos de 2016 se aproximam e a expectativa sobre o bom desempenho dos atletas brasileiros é grande, principalmente após o excelente resultado no Parapan de 2015. Mas há também um grande debate em torno do uso dos equipamentos construídos para as competições após o fim do evento.

Um dos principais destaques da infraestrutura criada foi apresentado oficialmente nesta segunda-feira, 23, em São Paulo, no Parque Fontes do Ipiranga. É o Centro de Treinamento Paraolímpico Brasileiro, que ocupa uma área de 140 mil m².

Sua construção começou em 2013. O gasto total chega a R$ 281.717.659,04 nas obras, mais R$ 24 milhões em equipamentos. Do total, o governo federal bancou aproximadamente R$ 187 milhões e o governo de SP desembolsou quase R$ 119 milhões, além de ceder o terreno, avaliado em R$ 390 milhões.

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Investimento ultrapassa R$ 300 milhões (Divulgação)  Foto: Estadão

É um investimento alto de dinheiro público que precisa ser justificado, não apenas na realização impecável dos Jogos Paralímpicos, mas fundamentalmente na utilização de espaço e equipamentos para a formação de novas gerações de atletas com deficiência, para mostrar à população brasileira que a pessoa com deficiência pode conquistar seu espaço com competência e capacidade, principalmente quando há oportunidade real, acessibilidade de fato, inclusão verdadeira.

O centro já é considerado como uma referência internacional em treinamento e avaliação dos atletas paradesportivos, e foi possível a partir de uma parceria do governo de SP, por meio da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, com o governo federal, através do Ministério do Esporte.

"O centro tem o objetivo de fomentar o paradesporto brasileiro, criando condições para que seus atletas se destaquem nas competições municipais, estaduais, nacionais e internacionais, sempre dando ênfase às técnicas avançadas e novas tecnologias. Maior do mundo em número de modalidades, segue o conceito de países potência no esporte adaptado, como Ucrânia, China e Coreia do Sul", diz o governo paulista.

Complexo está voltado para treinamentos, competições e intercâmbios (Divulgação)  Foto: Estadão

Saiba mais - O complexo está voltado para treinamentos, competições e intercâmbios de atletas e equipes dedicadas ao desenvolvimento de paradesporto; preparação física e treinamento de novas gerações de atletas de esportes adaptados e formação de técnicos, classificadores, árbitros, gestores e outros profissionais relacionados ao esporte. Além disso, deve abrigar um centro de pesquisa em diversas áreas científicas e tecnológicas associadas ao esporte para pessoas com deficiência.

O Centro Paraolímpico Brasileiro reúne 15 modalidades (atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, natação, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, golbol, halterofilismo, judô, rúgbi, tênis, tênis em cadeira de rodas, triatlo e voleibol sentado) e está dividido em 11 setores que englobam áreas esportivas de treinamento, hotel, centro de convenções, laboratórios, condicionamento físico e fisioterapia.

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Façamos um acordo (eu e você, leitor). No dia 22 de maio de 2017, exatamente um ano após a apresentação deste CT, o blog Vencer Limites publicará uma reportagem sobre como o Brasil conseguiu (ou não) evoluir a partir do Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro e transformou os (enormes) investimentos em ações concretas para ampliar inclusão e acessibilidade no País.

Centro Paraolímpico Brasileiro reúne 15 modalidades (Divulgação)  Foto: Estadão

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