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A trabalhadores, Dilma promete fim da miséria e da inflação

Em pronunciamento do 1º de Maio, ela diz que manterá poder de compra do mínimo

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Por Leonencio Nossa e Rafael Moraes Moura
Atualização:

Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV na noite de ontem, às vésperas do 1.º de Maio, a presidente Dilma Rousseff anunciou o lançamento do programa Brasil Sem Miséria e defendeu "jogo duro" contra a inflação. Numa fala de 9 minutos e 45 segundos ela ressaltou que distribuição de renda, crescimento e combate à inflação e à miséria são "políticas permanentes" e que respeito à democracia e aos direitos humanos são "compromissos sagrados".A presidente citou quatro vezes o problema da inflação, destacando a importância de garantir o poder de compra do salário. "Garantir o poder de compra do salário significa jogar duro contra a inflação", afirmou. "Esse é um dos fundamentos da nossa política econômica e dele jamais abriremos mão. Estamos, por exemplo, melhorando a qualidade do gasto público, com o desafio de fazer mais e melhor com menos recursos."Dilma disse que o País reagiu bem à crise financeira de 2008 e está preparado para "enfrentar as pressões inflacionárias que rondam, no momento, a economia mundial". "Nada vai conseguir deter a marcha harmônica do Brasil para o futuro", enfatizou. Disse que não haverá interrupção nos canteiros de obras dos principais programas de infraestrutura do governo - PAC e Minha Casa, Minha Vida.No pronunciamento, Dilma "convocou" os brasileiros para vencer "a batalha contra a miséria". "Essa é uma grande bandeira do meu governo", afirmou. "Nas próximas semanas, daremos um passo importante para concretizá-la com o lançamento do programa Brasil Sem Miséria. Ele vai articular e integrar novos e antigos programas sociais, ampliar recursos e oportunidades e, muito especialmente, mobilizar todos os setores da sociedade para a luta decisiva de acabar com a pobreza extrema em nosso país."Dilma afirmou que o desafio é crescer de "forma harmônica e sustentável, sem gerar inflação ou outros tipos de desequilíbrio". "Mas o maior de todos os desafios é não deixar milhões de brasileiros fora dessa era de prosperidade que se amplia e se consolida". Esse foi o segundo pronunciamento da presidente em cadeia nacional de rádio e TV desde que assumiu o governo.Festa. Em São Paulo, os preparativos para a comemoração do 1.º de Maio deixam evidente que o imposto sindical é o divisor de águas entre as centrais sindicais. Cinco entidades se uniram para organizar um evento único, mas a Central Única dos Trabalhadores (CUT) não aderiu. Resolveu bater firme na tecla de que é o momento de eliminar o imposto, principal fonte de financiamento do movimento sindical.Assim, a festa unificada - promovida pela Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, Nova Central Sindical de Trabalhadores e Central Geral dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, será na Barra Funda, zona oeste da capital. Já o ato da CUT será no Parque da Independência, no Ipiranga. / COLABOROU MARCELO REHDER

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