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Acidente mata PMs em Minas, mas cerco a bandidos continua

Microônibus caiu em ribanceira, matando dois passageiros; policiais faziam parte do grupo que busca os assaltantes que há dias mantêm três pessoas reféns

Por Agencia Estado
Atualização:

Dois policiais militares morreram e outros sete ficaram feridos nesta quarta-feira, 14, vítimas de um acidente com um microônibus do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da corporação. A equipe integrava o cerco policial aos assaltantes de banco no interior de Minas, que desde a noite de domingo mantêm três pessoas como reféns na zona rural de Riachinho, no noroeste do Estado. De acordo com a PM, o microônibus deixou pela manhã a cidade de São Romão, a 511 quilômetros de Belo Horizonte, capotou e caiu numa ribanceira quando seguia pela BR-040, próximo ao município de Três Marias, na região central. O veículo retornava para a capital mineira e chovia bastante no momento do acidente. O tenente Eduardo Leite faleceu no local. A outra vítima fatal - identificado apenas como sargento Pinheiro - chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Três militares ficaram gravemente feridos e foram transferidos de helicóptero para Belo Horizonte. Os outros quatro ocupantes do microônibus foram encaminhados para um hospital de Três Marias. Apesar do envolvimento de cerca de 400 homens das polícias Civil e Militar - com apoio de helicópteros - nas buscas, até o início da noite desta quarta, os criminosos e os reféns não haviam sido localizados. Pelo menos cinco assaltantes, junto com os reféns, estariam escondidos em uma reserva de oito mil hectares do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na região que abrange as cidades de Riachinho e Bonfinópolis de Minas. No último dia 6, agências do Banco do Brasil em São Romão e em Riachinho foram assaltadas. No domingo, após uma troca de tiros com policiais do Gate, o bando fugiu a pé pelo mato levando os reféns. Nesta quarta, em depoimento, o lavrador Cloves Lemos de Souza, o Caçula, de 33 anos, preso na terça em São Romão, disse que os criminosos estão fortemente armados, portando metralhadoras e fuzis. Apontado inicialmente como refém, o lavrador é suspeito de ter recebido R$ 5,2 mil para colaborar com os assaltantes. A expectativa da força-tarefa era que os bandidos fossem vencidos pelo cansaço. A operação de caça aos criminosos foi prejudicada pelas chuvas desta quarta que atingem a região norte e noroeste de Minas. Dois reféns foram identificados como Marcon da Mota Corrêa, ex-PM de Riachinho, e Joaquim Nunes da Rocha Filho, irmão de um vereador do município. O terceiro homem em poder dos assaltantes foi identificado apenas pelo prenome de Cléber.

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