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Acusados de matar cinegrafista começam a ser julgados no Rio

Colega de trabalho de Caio Silva de Souza afirmou que recebeu um telefonema do jovem logo após a morte de Santiago. Na ligação, o acusado teria admitido que 'havia feito uma besteira, matado um cara'

Por Fabio Grellet
Atualização:

RIO - Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza, os dois acusados de provocar a morte do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, atingido por um rojão durante protesto no centro do Rio, em 6 de fevereiro, começaram a ser julgados nesta sexta-feira, 25. Eles são acusados pelos crimes de explosão e homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, sem chance de defesa e uso de artefato explosivo). Hospitalizado após o acidente, Santiago morreu em 10 de fevereiro.

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Quatro testemunhas de acusação foram ouvidas no Fórum do Rio de Janeiro, durante a primeira audiência de instrução e julgamento na 3ª Vara Criminal da Capital. Ao fim da audiência, a defesa dos réus pediu a revogação da prisão preventiva dos acusados, mas o juiz negou o pedido.

Ao todo, 17 testemunhas (nove de defesa e oito de acusação) foram chamadas para depor. A próxima audiência será em 5 de maio.

Depoimentos. Uma das testemunhas foi o administrador Carlos Henrique Omena, que trabalhava com Souza no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, na zona oeste do Rio. Omena afirmou que recebeu um telefonema de Souza logo após a morte de Santiago. Na ligação, o acusado teria admitido que "havia feito uma besteira, matado um cara". Omena confirmou em juízo o depoimento que prestara à Polícia Civil durante a fase de inquérito.

Os delegados Maurício Luciano de Almeida e Silva e Fábio Pacífico Marques também foram levados como testemunhas pelo Ministério Público e prestaram depoimento. Os dois contaram detalhes da investigação. A quarta pessoa a depor nesta sexta foi o tenente da Polícia Militar Luiz Henrique de Oliveira Martins. Ele disse que estava bem perto de Santiago quando o cinegrafista foi atingido pelo artefato explosivo.

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