Aeroporto vai ter obras e reformas até 2008

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Por Camilla Rigi
Atualização:

Se 2007 foi um ano atípico para os usuários do Aeroporto de Congonhas, com restrições de operações por causa de obras, 2008 não deve ser diferente. As obras para a adequação da sinalização e pintura das pistas ao tamanho reduzido (perderam 150 metros em cada extremidade para servir de área de escape), determinado pelo Ministério da Defesa, devem ser feitas aos poucos e não têm data para começar. A Infraero abriu em setembro licitação para a construção da nova torre de controle. Além das obras, depois do acidente com o Airbus da TAM, as inúmeras restrições aos vôos em Congonhas fizeram o número de passageiros despencar nos últimos meses. Segundo dados da Infraero, em agosto deste ano, o aeroporto da zona sul recebeu 1.136.737 passageiros, 667.295 (41%) a menos que no ano passado. "Não vamos chegar a receber 18 milhões de pessoas este ano como em 2006. Eu acredito que não deve ultrapassar 16,5 milhões de passageiros", analisa o superintendente da Regional Sudeste da Infraero, Edgard Brandão Júnior. Antes da crise e das reformas, Congonhas chegou a ser o aeroporto mais movimentado da América do Sul. Em março, graças ao crescimento do número de usuários, voltou a subir para 66ª posição nos aeroportos mais movimentados do mundo. A redução de passageiros se refletiu nos saguões de Congonhas. Um lugar para sentar na lanchonete do saguão principal já não é mais tão concorrido e nas lojas, vendedores têm tempo para ler, arrumar a vitrine e ajeitar os produtos. Até o número de ocorrências policiais diminuiu. Segundo o delegado Antônio de Olim, antes do acidente ele registrava pelo menos seis furtos de laptops. Em julho e agosto, foram dois desses delitos por mês.

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