Aliança salva vida de empresária durante assalto em Sergipe

Assaltante atirou na direção da cabeça de Elissandra de Almeida Santos, a bala pegou na jóia e a atingiu de raspão; ela caiu no chão e enganou o bandido

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A aliança de casamento salvou a vida da pequena empresária Elissandra de Almeida Santos, 32 anos, uma das três vítimas do assaltante José da Silva, 18 anos, o Cescé, durante uma tentativa frustrada de assalto, ocorrida em sua farmácia no sábado à noite, no município de Monte Alegre, a 156 quilômetros de Aracaju. Ela contou que ao ver que Cescé iria atirar em sua cabeça, levantou as mãos assustada, a bala pegou na aliança, resvalou e passou de raspão em sua cabeça. Elissandra, grávida de oito meses, caiu no chão e fingiu que estava morta. Foram mortas pelo assaltante a adolescente Bruna Vieira de Santana, 17 anos, e Francislene de Almeida, 11, cujo corpo foi enterrado nesta segunda-feira, no cemitério da cidade. Durante o sepultamento, a comunidade decidiu realizar um ato público, contra a violência na região do sertão, na sexta-feira, à partir das 13 horas. O crime, que teve repercussão nacional, também foi assunto na Assembléia Legislativa e fez com o que o governador em exercício de Sergipe, Belivaldo Chagas, PSB, se deslocasse até Monte Alegre para ver de perto a situação, tomar providências urgentes para combater a violência e prestar solidariedade às famílias. O próprio governador Marcelo Deda, PT, em viagem oficial aos Estados Unidos, expressou, por telefone, condolências aos familiares das vítimas. O governador em exercício determinou que a polícia intensificasse as investigações a fim de prender um dos fugitivos. Também ficou decidido que o delegado Paulo Cristiano Alves, que respondia pelas cidades de Monte Alegre e Feira Nova, ficará somente à frente da delegacia de Monte Alegre. Um novo delegado será designado para Feira Nova. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) decidiu também reforçar o efetivo de 12 policiais do município com mais três homens. Na hora em que ocorreram os crimes, só havia na delegacia de Monte Alegre dois policiais militares que tomavam conta de quatro presos. Os policiais foram à farmácia e quem ficou cuidando dos presos foi a cozinheira da delegacia. Em Sergipe, cerca de 700 presos que já deveriam estar recolhidos nos presídios continuam nas celas das delegacias.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.