Os governos precisam fazer um acompanhamento das demandas reivindicatórias das polícias, para não acumular passivo, como ocorre agora no Espírito Santo. No passado, um reajuste, mínimo que fosse, poderia ter mostrado a boa vontade da administração, mesmo com limitações. Por outro lado, de nenhuma maneira os policiais podem fazer essa manifestação.
O STF deixou claro que nenhuma polícia pode fazer greve. O que não se reflete nas ruas, já que nas últimas décadas, com exceção da PM paulista, todas as demais, incluindo as federais, já fizeram. Assim, o governo precisa de um plano de contingência, que inclui desde notificação da situação ao comando regional do Exército até o esboço de ações com tropas especiais. Lá, isso não foi preparado, potencializando o que hoje é a maior crise de segurança do País.
* É CORONEL DA RESERVA DA PM DE SÃO PAULO