''''Apagões'''' vão parar a Régis até 2012

Polícia Rodoviária culpa trecho em pista única e migração de carros

PUBLICIDADE

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

Os motoristas vão sofrer com "apagões" na Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), principal ligação entre São Paulo e Curitiba, até o início de 2012. É o prazo previsto no contrato de licitação para a duplicação dos 30,5 quilômetros da Serra do Cafezal, entre Juquitiba e Miracatu, o principal gargalo da estrada. Ontem, os motoristas perderam até 2 horas para percorrer o trecho. O congestionamento chegou a 21 quilômetros, às 13 horas. A fila de carros, no sentido São Paulo-Curitiba, ia do km 315 ao km 336. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a rodovia recebeu a migração dos turistas que seguiam para as praias de Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe, no litoral sul. O grande congestionamento no Sistema Anchieta-Imigrantes levou muitos motoristas a optarem pela Régis - num trajeto bem mais longo. "Pela BR (Régis), levei cinco horas para chegar a Cananéia. Se fosse pela Imigrantes, levaria oito, além de pagar pedágio", disse o bancário Gilberto Arlindo Torres, de Osasco. Ele viajou na quinta-feira à noite e pegou o momento mais crítico, com lentidão de 29 quilômetros. A PRF já prevê congestionamentos no retorno para São Paulo, amanhã. O afunilamento vai ocorrer no km 365, na subida da serra, a partir das 14 horas. Novos "apagões" devem ocorrer nos feriados de 2 e 15 de novembro e nas festas de fim de ano. Até o carnaval, a rodovia receberá um fluxo maior de veículos, além dos 32 mil que circulam por ali diariamente. O prefeito de Miracatu, Miyoji Kaio (PSDB), acredita que só a duplicação do trecho de serra vai reduzir os congestionamentos. O prazo para a obra é de quatro anos após o início da concessão - que será custeada por pedágios. A concessionária OHL, vencedora da disputa realizada na terça-feira, instalará seis praças de pedágio ao longo dos 401,6 quilômetros de São Paulo a Curitiba. Cinco postos ficarão no trecho paulista. O primeiro será instalado no km 296, em São Lourenço da Serra. Os demais, nos km 366 (fim da Serra do Cafezal), 427 (próximo da ponte sobre o Rio Ribeira), 485 (Cajati) e 542 (Barra do Turvo). O pedágio paranaense será no km 56, próximo da Represa do Capivari. Os motoristas vão pagar R$ 1,364 em cada praça.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.