PUBLICIDADE

Após ataque a ministros, polícia mata 1 em favela

Incursão no Jacarezinho deixou 3 feridos; ''''Estado não vai ser afrontado'''', diz Beltrame

Por Felipe Werneck e Clarissa Thomé
Atualização:

Cinco horas após o ataque de criminosos ao trem onde viajavam dois ministros, policiais civis e militares fecharam os acessos à Favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio, e iniciaram uma série de incursões que resultaram na morte de Nelson Santana da Rocha, apontado pela polícia como criminoso, e na prisão de outros três acusados de tráfico. A polícia não deu detalhes sobre a morte de Rocha. Três fuzis e uma granada foram apreendidos em duas horas de incursão, iniciada às 15 horas. Dezenas de pessoas ainda passaram por revistas na entrada da favela. Pela manhã, antes de comentar o ataque à linha férrea, o secretário da Segurança, José Mariano Beltrame, apontou a recente apreensão de 52 motos no Jacarezinho, no dia 5, como uma das cinco grandes operações planejadas pela secretaria desde o início da atual gestão, em janeiro. Na mesma lista está a ocupação do complexo do Alemão por 1.350 policiais, em 27 de junho, que resultou na morte de 19 pessoas. ''''Essas motos são usadas pelo narcotráfico para o roubo de pedestres. Fomos buscar o veículo que transporta o crime.'''' À tarde, ao anunciar o resultado da operação no Jacarezinho, o secretário afirmou que ''''quem enfrentar o Estado vai enfrentar represálias''''. Em seguida, porém, retirou a palavra represálias. Disse que ''''vai enfrentar a ação do Estado''''. ''''O Estado não vai ser afrontado sem reação'''', declarou. PLANOS Beltrame ainda tem planos de fazer uma operação coordenada na região do Jacarezinho, a exemplo do Alemão. Isso porque o Jacarezinho ainda é um dos principais redutos do Comando Vermelho. O tráfico ali era comandado por Marcus Vinicius da Silva, o Lambari, que está no presídio de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná. Os gerentes de Lambari são criminosos jovens, sem expressão no tráfico. Atualmente, a polícia procura André Anchieta Duarte, o Menininho.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.