Ataques do PCC começaram em maio de 2006

Polícia suspeita que ocorrências de terça-feira estejam ligadas a líderes do PCC; desde maio de 2006, facção foi responsável por mais de 500 atentados no Estado

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os atentados contra dois ônibus, uma van e um carro da Polícia Militar registrados na terça-feira, em São Paulo, podem estar ligados com os problemas ocorridos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no oeste do Estado, onde estão quase 800 detentos apontados como líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Em 2006, o PCC foi responsável por mais de 500 ataques em todo o Estado. Primeira onda: entre os dias 11 e 15 de maio de 2006, a transferência de 765 membros do PCC para a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau desencadeou uma série de 293 ataques e 73 rebeliões em todo o Estado. A maior ofensiva do crime organizado no País resultou na morte de 111 pessoas e na prisão de outras 135. Segunda onda: em julho, dois meses depois da primeira ofensiva, o PCC voltou a atacar diferentes pontos da Capital. Na ocasião, o governo federal ofereceu ajuda financeira ao então governador do Estado, Cláudio Lembo (PFL), que não descartou também o uso de homens do Exército. Entre os dias 12 e 17 de julho, foram registrados ataques a 174 alvos. Onze pessoas morreram e 187 foram presas. Terceira onda: no dia 7 de agosto o PCC voltou a atacar a capital. Os prédios do Ministério Público e da Secretaria da Fazenda tiveram as entradas destruídas por bombas. Lembo chegou a conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas recusou o uso do Exército no combate à violência. Até o dia 14, foram registrados 185 ataques contra 205 alvos. Oito pessoas foram mortas e 50, presas. Ataques no Rio: Após a terceira onda de ataques do PCC na Capital, o Rio de Janeiro também sofreu ofensivas do crime organizado. Ao todo, 19 pessoas morreram em diferentes ocorrências. Os atentados, que começaram no dia 28 de dezembro, não foram atribuídos ao PCC, mas sim, aos traficantes de drogas que estariam protestando contra a atuação das milícias nas favelas cariocas.

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