Bala perdida em briga de traficantes fere mais um no Rio

O frentista Francisco Eudes Martins Caxias, de 30 anos, foi ferido no abdômen

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Um novo confronto entre traficantes da Favela do Batan e do Conjunto Habitacional Fumacê, em Realengo, zona oeste do Rio, deixou uma pessoa ferida por uma bala perdida na manhã deste domingo. O caso foi mais um episódio da guerra que matou a estudante Juliana Pereira da Silva, de 23 anos, com dois tiros de fuzil, quando ela dirigia, na quinta-feira, na Estrada Água Branca, um dos acessos ao conjunto habitacional, cercado por favelas. De acordo com a polícia, os bandidos rivais travaram neste domingo intenso tiroteio desde as 5 horas, quando criminosos das Favelas do Batan tentaram invadir o Fumacê. Moradores do conjunto habitacional foram acordados por tiros e explosões. Uma hora e meia depois, o confronto fez a primeira vítima. O frentista Francisco Eudes Martins Caxias, de 30 anos, foi ferido no abdômen por uma bala perdida, por volta das 6h30, na Avenida Brasil, uma das principais vias de acesso ao Rio, que divide as duas comunidades rivais. A vítima sofreu uma perfuração no fígado, mas não corre risco de morte, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. A polícia chegou apenas quando o confronto terminou e recolheu mais de 50 cápsulas de munições de diversos calibres, além de sete granadas não detonadas. Traficantes da Favela do Batan, aliados a criminosos da Vila Vintém e do Curral das Éguas, comunidades dominadas pela facção criminosa Amigo dos Amigos, tentam desde quarta-feira tomar os pontos de venda de drogas do Fumacê, onde os marginais seriam ligados à quadrilha chamada Terceiro Comando Puro. As tentativas de invasão começaram em setembro do ano passado quando os tiroteios passaram a assustar moradores da comunidade e motoristas que trafegam nos arredores, mas se intensificaram nos últimos dias. Granadas Depois do tiroteio, a Polícia Militar fez operação nos arredores do conjunto habitacional, onde encontrou sete granadas que não explodiram - quatro numa casa e três na Rua Princesa Imperial. O Esquadrão Antibombas da Polícia Civil foi chamado e detonou os artefatos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.