Beira-Mar é condenado e MP vai pedir anulação da sentença

Promotor alega que tribunal adequado para o julgamento é o de Duque de Caxias, onde a denúncia foi feita

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Por Fabiana Cimieri
Atualização:

O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-mar, foi condenado a seis anos de prisão por associação para o tráfico de drogas em julgamento que terminou no início da tarde desta sexta-feira, 15, no Quarto Tribunal de Júri. Beira-mar entrou na sala de audiências, sob forte esquema de segurança, escoltado por policiais federais e algemado.   Veja também: Livre de algemas, Fernandinho Beira-Mar é julgado no Rio   O advogado Francisco Santana pediu à juíza Maria Angélica Guerra Guedes que retirasse as algemas do réu, no que foi prontamente atendido. Ao chegar ao Fórum, Santana disse aos jornalistas que invocaria a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para que as algemas fossem retiradas.   "O uso de algemas foi uma decisão arbitrária da Polícia Federal, desrespeitando determinação do STF. Ele está sendo discriminado por ser de origem pobre", disse o advogado. Depois de ler a sentença, a juíza Maria Angélica comentou que "seria necessário pedir a retirada das algemas, o que essa magistrada faz com todos os réus". Ela disse também que "mesmo condenado por este Juízo, ele continua presumidamente inocente porque ainda não transitou em julgado".   O promotor Luciano Gonçalves dos Santos irá pedir a anulação do julgamento por entender que o Fórum adequado seria o de Duque de Caxias, origem inicial da denúncia. O advogado do traficante informou que irá recorrer da sentença, mas, no seu entender, o julgamento não deve ser anulado.

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