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Brasileiras eram 'moeda' em máfia de prostituição na Espanha

Rede pagava colaboradores permitindo-os ''provar'' das vítimas traficadas, diz jornal espanhol

Por BBC Brasil
Atualização:

Autoridades de imigração espanhola prenderam uma quadrilha que traficava mulheres brasileiras para prostituição e as cedia a colaboradores como forma de retribuir favores. A quadrilha era encabeçada por uma família hispano-brasileira que há dois anos realizava o esquema, informou o jornal ABC, de Sevilha, na Andaluzia. Enganadas com falsas promessas, as mulheres entravam na Europa por Paris ou Málaga, no Sul da Espanha, e eram levadas para trabalhar em clubes sevilhanos. Para levá-las ao destino final, segundo o diário, a rede utilizava uma série de "colaboradores" - como o proprietário de uma locadora de veículos cujos carros eram utilizados no transporte das moças. Como recompensa, eles ganhavam o direito de abusar sexualmente das vítimas. De acordo com o jornal, foram detidos Jorge M.R., de 33 anos, o cabeça da rede; sua esposa, Neuza Aparecida O.; a irmã dela, Cleuzenir O.; Elinaldo F., sobrinho de Neuza e Cleuzenir; e Daniel R.G., encarregado de transportar as vítimas do aeroporto ao cativeiro. Eles responderão por crimes como agressão sexual, associação ilícita, favorecimento de imigração com fins de exploração sexual, prostituição coativa e infração à lei de estrangeiros. Em uma operação separada, segundo o ABC, as autoridades estouraram ainda um bordel com 29 mulheres, das quais 25 eram brasileiras ou venezuelanas. Cinco mulheres foram deportadas e as outras estavam sem documentação ou com o visto vencido. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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