Brasileiro desaparecido no Malavi morreu de hipotermia

Corpo do economista Gabriel Buchmann, desaparecido desde 17 de julho foi encontrado na quarta-feira

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Por Priscila Trindade
Atualização:

O Itamaraty confirmou nesta quinta-feira, 6, que o economista carioca Gabriel Buchmann, de 28 anos, morreu de hipotermia, após longo período exposto ao frio intenso da África. O corpo do brasileiro foi encontrado em uma área que fica a cerca de mil metros abaixo do topo do pico Sapitwa, no Monte Mulanje, sul do Malavi.

 

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Ao que tudo indica, o economista não teria suportado as baixas temperaturas do local. A necropsia que apontou a causa da morte foi realizada no hospital de Blantyre. O Itamaraty ainda não tem informações sobre quando o corpo será transladado para o Brasil.

 

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, junto ao corpo do carioca foi encontrada uma câmera fotográfica que continha fotografias do topo do pico, o que pode indicar que Buchmann estava fazendo o caminho de volta quando morreu. A última foto contida no aparelho data do dia 19 de julho.

 

O economista estava desaparecido desde o dia 17 de julho. O corpo, que foi localizado na última quarta-feira, foi retirado do local por terra na manhã desta quinta e levado até o hospital de Blantyre, onde foi realizada a necropsia.

 

No dia 17, Buchmann iniciou, sem a ajuda de guia, a escalada do Monte Mulanje. Ele foi visto na última vez no mesmo dia, quando se preparava para a subida final ao pico Sapitwa, de 3.002 metros de altura. O pico Sapitwa é o maior da África Central. Na língua local, seu nome significa "área proibida".

 

Duas equipes participavam das buscas no Malavi, uma por terra e outra por ar. O corpo de Gabriel foi encontrado pela equipe de solo, composta por voluntários canadenses e bombeiros fluminenses. Buchmann viajava pelo mundo desde julho de 2008, tendo visitado 60 países como preparação para o doutorado em Economia da Pobreza que pretendia cursar na universidade americana da Califórnia.

 

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