Capital do Acre tem a maior cheia em 132 anos; rio chega a 18 metros

Uma pessoa morreu e 71 mil estão desalojadas; prefeito de Rio Branco decretou no domingo calamidade pública

PUBLICIDADE

Por Itaan Arruda Dias
Atualização:

RIO BRANCO - A cidade de Rio Branco, no Acre, registra a maior cheia em 132 anos, com mais de 71 mil pessoas desalojadas e uma morte. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), o Rio Acre atingiu 18,01 metros. A cota de transbordamento na capital acriana é de 14 metros.

O Corpo de Bombeiros de Rio Branco já faz apelos para mobilizar voluntários. Nas redes sociais, oficiais da corporação pedem barcos e pessoas com disposição para ajudar nas buscas de vítimas e desabrigados. A cheia supera a de 1997, quando o nível do rio chegou a 17,66 metros. 

Acre sofre novamente com as chuvas Foto: Elias Jorge/Divulgação

PUBLICIDADE

Já são 40 bairros atingidos e o prefeito decretou, no domingo, estado de calamidade pública. Junto com o governo do Acre, o município decretou também ponto facultativo para o funcionalismo público, para tentar diminuir o fluxo de pessoas e de veículos na região central da cidade.

As duas pontes centrais de Rio Branco foram interditadas por medida de segurança. Com essas ações, a rotina do rio-branquense foi completamente modificada. Engarrafamentos, trânsito lento e protestos comunitários foram registrados durante toda esta segunda-feira, 2.

Morte. Uma servidora pública morreu eletrocutada enquanto entrava na casa da filha, alagada com água a quase 1 metro do chão. As aulas na rede pública de ensino também foram suspensas nas demais cidades em que houve problema de cheia do Rio Acre.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.