Cenipa nega ter fornecido dados técnicos para inquérito

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Por Bruno Tavares
Atualização:

Embora o Inquérito Policial-Militar (IPM) que pediu o indiciamento de cinco controladores de vôo pelo acidente da Gol estivesse apoiado em dados técnicos, as conclusões do documento não vieram do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão encarregado de apontar os motivos da tragédia. "As informações foram coletadas por nós, mas isso não quer dizer que ali estejam as causas do acidente", explicou ao Estado uma fonte da investigação. "Isso só será conhecido após o relatório final, ainda sem data para conclusão." As regras da organização de Aviação Civil Internacional (Icao, na sigla em inglês) proíbem o uso de análises preliminares de acidentes para embasar punições, ainda que em procedimentos internos das autoridades aeronáuticas, como é o caso do IPM. Apesar de reconhecerem que houve falhas dos controladores no monitoramento do jato Legacy, oficiais ouvidos pela reportagem disseram que os erros foram de procedimentos, difíceis de serem enquadrados no Código Penal Militar. "É forçar um pouco dizer que o fato de um sargento ter demorado a informar uma mudança de código transponder ou de freqüência de rádio é crime", disse um militar da FAB.

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