Cobradores de Curitiba entram em greve e ônibus circulam com catraca livre

Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba, 90% da categoria está paralisada

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Por Julio Cesar Lima
Atualização:

CURITIBA - Os cobradores do transporte coletivo de Curitiba entraram em greve na madrugada desta quinta-feira, 26, e os ônibus na capital estão circulando sem cobrança de tarifas. O dia de catraca livre atinge a frota curitibana e também a das cidades da Região Metropolitana de Curitiba. Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba (Sindimoc), 90% da categoria está em greve. Por conta disso, o Sindimoc está ameaçado de arcar com os prejuízos provocados pela ação grevista. 

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A Urbanização de Curitiba (Urbs), responsável pelo trânsito na capital, deve entrar com um recurso na Justiça para pedir ressarcimento dos prejuízos provocados pela greve. Os valores, porém, serão divulgados somente após o final do movimento, pois segundo a autarquia não é possível ainda calcular o valor não arrecadado em um dia de movimento. 

Segundo o presidente da Urbs, Roberto Gregório, a greve é ilegal e isso é um motivo a mais para a cobrança dos prejuízos. "Ela (greve) é ilegal e, além disso, envolve perda de receita pública. Houve também casos de trabalhadores que foram até seus locais de trabalho e foram retirados", comentou.

Para a balconista Vera Silveira, 31, foi uma mobilização diferente."Foi bom para nós que pudemos ir ao trabalho economizando o dinheiro da passagem", disse.

O vice-presidente do Sindimoc, Dino César, afirmou que a greve deve continuar, caso não ocorra algum avanço nas negociações. "Enquanto não chegar uma proposta decente os ônibus vão sair sem cobrador hoje, amanhã e até quando for necessário", afirmou. 

Ele também considerou a possibilidade de o movimento encerrar caso os empresários façam algum acordo no TRT. "Só se os patrões oferecerem algo. Se não, vamos esperar a reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) marcada para as 13h30 de sexta-feira", informou.

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