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CPI vai apontar falha em Airbus como causa do acidente da TAM

Pista de Congonhas também é apontada pelo relatório como causa para o acidente que deixou 199 mortos

Por Luciana Nunes Leal
Atualização:

O relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS), afirmou que apontará como fator principal do acidente da TAM, em 17 de julho, uma falha de equipamento no Airbus A320. "Minha convicção é de que uma falha no equipamento do Airbus tenha sido preponderante no acidente, mas tenho de ter cuidado porque as investigações ainda não foram concluídas", declarou.   Jobim anuncia Solange Vieira no lugar de Zuanazzi na Anac Helicópteros em Congonhas preocupam FAB Quem são as vítimas do vôo 3054 Tudo sobre a crise aérea  Especial sobre a crise aérea    A primeira parte do relatório final da CPI, apresentada na terça-feira, 18 considera que, apesar de a pista principal do Aeroporto de Congonhas "não ter contribuição determinante para o acidente", foi "um dos fatores contribuintes para a tragédia" por estar localizada no meio da cidade. "Se não fosse isso, o avião poderia ter ultrapassado a pista e parado num campo, por exemplo."   O relatório criticou a falta de integração entre as diversas autoridades do setor aéreo, como a Aeronáutica, a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Por fim, atribuiu a saturação de Congonhas à "busca incessante pela redução de custos e aumento nos lucros das empresas", à falta de planejamento estratégico do setor aéreo e à "omissão das autoridades do setor, que permitiram movimentos em quantidade crítica".   Maia mostrou tabelas que revelam o aumento de 84% no número de passageiros nos aeroportos, que passaram de 55,5 milhões em 1997 para 102,1 milhões em 2006. Ao mesmo tempo, demonstrou que o movimento de aviões (pousos e decolagens) cresceu 6,7%.   O relator aponta um déficit de investimento nos aeroportos até 2010 de R$ 2,2 bilhões. E aproveitou para dar uma série de recomendações ao governo, como a abertura do capital da Infraero ao setor privado, com a venda de 49% das ações.

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