Cresce a proporção de estudantes de baixa renda nas universidades

Os 20% mais pobres, que eram apenas 1,7% dos universitários da rede pública em 2004, chegaram a 7,2% em 2013

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Por Luciana Nunes Leal
Atualização:

RIO - A combinação de aumento da renda e da escolaridade, criação de programas de inclusão de jovens pobres nas universidades e implementação do sistema de cotas raciais está aos poucos mudando o perfil dos alunos de ensino superior no País. A faixa de mais alta renda começa a dar espaço para os mais pobres, embora as diferenças ainda sejam gritantes, aponta a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE. 

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Em 2004, os 20% mais ricos do País eram 55% dos universitários da rede pública e 68,9% da rede particular. Em 2013, essas proporções caíram para 38,8% e 43%, respectivamente. Os 20% mais pobres, que eram apenas 1,7% dos universitários da rede pública, chegaram a 7,2%. Na rede privada, a presença ainda é tímida, mas crescente: passou de 1,3% para 3,7%. A proporção de estudantes de 18 a 24 anos que estão na universidade saltou de 32,9% em 2004 para 55% em 2013. 

No cenário internacional, porém, o Brasil ainda não tem o que comemorar. A proporção de pessoas com idades entre 25 e 34 anos com curso superior completo é de apenas 15,2%, inferior a países latino americanos como México (24,1%) e Chile (22,5) e muito abaixo dos campeões Coreia do Sul (65,7%), Japão (58,6%) e Canadá (57,3%), segundo dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) comparados pelo IBGE.

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