SÃO PAULO - A notícia da volta de Bruno Fernandes à prisão trouxe alívio à família, segundo Elizandra Moura, irmã do padrasto de Eliza Samudio e sua amiga de adolescência. "Ainda não falei com a mãe dela, mas por mim, por tudo que estávamos batalhando - inclusive com um abaixo-assinado - consideramos uma vitória, tanto para a família como para a ONG Somos Todos Vítimas Unidas", disse.
Por 3 a 1, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na tarde desta terça-feira, 25, mandar de volta para a prisão o goleiro Bruno, condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho.
Elizandra afirma que a família considerou um insulto ver Bruno solto. "Foi bastante triste para nós, porque achamos que a Justiça seria cumprida e fomos pegos de surpresa. Mas, depois dessa surpresa, veio uma revolta muito grande pelo fato de um time de futebol tê-lo contratado, com um salário alto e badalação, sabendo de tudo o que ele havia feito", declarou.
Segundo ela, a família ficou ainda mais revoltada quando foram divulgadas declarações de Bruno sobre uma possível tentativa de retomar na Justiça a guarda de seu filho. "Nosso sentimento, agora que ele voltou à prisão, é de tirar um peso de cima de nós. É de que a Justiça realmente está sendo feita. Ele tem que pagar pelo que fez. Então, nosso sentimento é de um certo alívio.