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Decretada prisão preventiva de acusada de jogar bebê na lagoa

Por Agencia Estado
Atualização:

O 1º Tribunal do Júri Ativo aceitou, no início da tarde desta sexta-feira, a denúncia do Ministério Público (MP) contra a promotora de vendas Simone Cassiano da Silva, 29 anos. A mulher é acusada de jogar a própria filha, de dois meses de vida, na Lagoa da Pampulha em Belo Horizonte. A menina Letícia Maria Cassiano foi encontrada dentro de um saco na lagoa. O juiz Nelson Missias de Morais designou para dia 15, às 13h15, o interrogatório da acusada, que teve a prisão preventiva decretada. O juiz considerou que há provas de que a acusada "agiu de forma obstinada para desaparecer com as evidências do crime". Ele disse ainda que a prisão preventiva é necessária também para a garantia da ordem pública, pois, o delito, em tese, cometido pela acusada, é daqueles que geram a intranqüilidade do meio social, segundo nota oficial divulgada pela assessoria de imprensa do tribunal. O Ministério Público de Minas Gerais apresentou nesta quinta-feira uma denúncia contra a promotora de vendas. Com base no inquérito policial, o promotor Justiça do 1º Tribunal do Júri, Luciano França da Silveira Júnior, acusou formalmente Simone por tentativa de homicídio. A investigação policial concluiu que no último dia 29, por volta das 12 horas, a denunciada colocou a filha num saco plástico, amarrado a um toco de madeira, e a jogou na lagoa. O caso chocou o País e ganhou repercussão internacional. Letícia foi salva por populares. A criança nasceu prematura em novembro de 2005 na Maternidade Odette Valadares, na capital mineira, onde permaneceu até a data do crime. Simone foi presa e permanece numa cela separada na penitenciária de mulheres Estevão Pinto. Na última terça-feira, a juíza Neuza Maria Guido, da Vara da Infância e da Juventude de Belo Horizonte, determinou a guarda provisória da menina a um casal que constava dos cadastros do Juizado. O avô materno e a madrasta da mãe biológica de Letícia entraram com um pedido de guarda.

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