Os delegados e parte dos servidores da Polícia Federal não vão participar da paralisação do próximo dia 25, anunciada na terça-feira, 11, pelo Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal (Sindpol). A informação foi dada nesta quarta-feira, 12, pela Comissão de Prerrogativas da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), em nota encaminhada à Agência Brasil.
A nota refere-se a matéria publicada pela agência, em que o diretor do Sindpol, Cláudio Avelar, fala, entre outros pontos, sobre a insatisfação entre os agentes da Polícia Federal ante a perspectiva de aprovação da nova Lei Orgânica da força. Segundo ele, a nova lei iria perpetuar defeitos contidos na instituição.
"O rumo tomado pelo movimento dos policiais federais - inicialmente em defesa do reenquadramento dos policiais federais da 3ª classe - só se justifica pela proximidade das eleições sindicais", afirma o presidente da Comissão de Prerrogativas da ADPF, delegado Marcos Leôncio Sousa Ribeiro. Segundo ele, nesse clima de campanha, "os segmentos em disputa levantam antigas questões já superadas institucionalmente a fim de angariar a simpatia do eleitorado sindicalizado".
Sousa lembra que o Departamento de Polícia Federal (DPF) "passou por profunda renovação" na sua área de direção nos últimos tempos, "graças à realização de concursos públicos" - criticados por Avelar na matéria - e considera "natural que isso gere alguma resistência nos servidores policiais com mais tempo de casa, que passam a ser chefiados por delegados mais jovens" (concursados que depois assumem postos de delegados).
Ele arremata dizendo que a credibilidade conquistada pela Polícia Federal na sociedade brasileira mostra que o caminho seguido pela instituição está correto e não tem volta.